MESTRE PROTETOR-{Anja Slave}

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Forever

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

BDSM NUMA VISÃO ANJA SLAVE: PARTE 1

Quando entrei para este mundo minha maior curiosidade era experimentar as práticas, vencer meus limites, viver a tão falada e comentada "Liturgia BDSM". Acredito que não somente eu, mas a maioria das submissas tem esse desejo dentro de si. Durante a negociação com um Dominador várias são as perguntas e discussões feitas entre ambas as partes sobre que práticas vão usar, e quais a submissa não aceita. Discutem-se temas em relação a Dominação Psicológica, Spanking, Dog Play, Velas, Exibição, Fisting, entre outros.
A submissa é mais cuidadosa ao se colocar - sempre tem as desgovernadas, claro- , de um modo geral, mesmo que ela se ache a tal, ela vai tomar cuidado pra não passar arrogância, soberba, imposição, nas palavras dela, nos colocamos mansamente mesmo que não sejamos tão mansas assim. E, na hora de discordar, procuramos essa mansidão nas palavras. Eventualmente soltamos uma ironiazinha, mas as mais inteligentes sabem fazer isso de forma graciosa. Submissa não usa os punhos - apenas as desgovernadas, repito
Não é fácil sair do estereótipo e buscar o seu desejo porque nós vivemos em função do desejo do Outro. Pra romper esse círculo faz-se necessário assumir dolorosamente isso em nós, que somos seres faltantes (todos somos seres faltantes) e aprender a aceitar, conviver com a falta.
A luta de escapar ao desejo do Outro… se fosse fácil escapar desse desejo haveriam menos nóias e noiados, se fosse ao menos fácil compreender esse movimento…

Escrevo do lugar da submissa que não possui interesse algum em errar e/ou desobedecer apenas e tão somente para ser castigada de qualquer forma, mesmo porque para mim há maneiras mais inteligentes e até diria ardilosas de se “testar” o domínio de um Dominador, sem necessariamente colocar meu couro em risco. Testar todo mundo testa seja Dom ou sub, observar a todo instante as ações/reações de seu objeto desejo é prática habitual (ou só eu ajo assim?).
Vejo o castigo como algo necessário numa relação BDSM, como algo que te desconstrói e reconstrói, te humilha, envergonha, te coloca em seu devido lugar, algo que te auxilia na tomada de consciência de seus atos, te auxilia a repensá-los. É um momento de dor e reflexão, de aprendizado e reconstrução.
Errar é humano, perdoar é Divino, mas há muitas e muitas submissas desavisadas que vêem seu Dono e Senhor como Deus… e eles são homens!!

dar a alguém a posse definitiva ou temporária de;
depor nas mãos de, confiar, depositar;
dar, restituir;
pagar, satisfazer;
v. refl.,
render-se;
confiar-se;
dedicar-se.
- a alma ao Criador: morrer;
- o jogo: ceder; ..........